CRIOPRESERVAÇÃO DE EMBRIÕES – METODOLOGIAS DE VITRIFICAÇÃO

Resumo

A criopreservação de embriões é uma técnica que permite a melhor utilização dos embriões excedentes da transferência de embriões (TE) e da produção in vitro de embriões (PIV). Para melhorar os índices de sobrevivência embrionária ao processo de congelação é necessária a utilização de substâncias denominadas crioprotetores. Estes agem principalmente nas membranas biológicas (plasmática e das organelas) dos blastômeros atuando no equilíbrio osmótico e evitando a formação de cristais de gelo durante o processo de congelação, que são deletérios ao embrião. Além dos crioprotetores os métodos de congelação (suporte físico para o embrião, velocidade da curva) e as características embrionárias também afetam de forma significativa a sobrevivência dos embriões à congelação. Para embriões produzidos in vivo já existem protocolos bem definidos e com bons níveis de sobrevivência embrionária, como os métodos de congelação rápido. Porém quando são avaliados os índices de sobrevivência de embriões produzidos in vitro, estes protocolos não apresentam resultados satisfatórios. Pesquisas mais recentes têm demonstrado que a vitrificação, método de congelação ultra-rápido, pode ser uma alternativa para criopreservar estas estruturas. Trabalhos demonstraram uma grande variação entre os protocolos de vitrificação, sendo que a diferença mais significativa está no tipo de suporte físico utilizado no processo. Aparentemente, os melhores resultados foram conseguidos com os suportes físicos que permitem utilizar o mínimo possível de meio com crioprotetor, fazendo com que a queda de temperatura na solução de congelação e no embrião atinja velocidades bastante elevadas.