MANEJO E PERFIL DE CÃES ATENDIDOS NA SUPERINTENDÊNCIA UNIDADE HOSPITALAR VETERINÁRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL E SUAS IMPLICAÇÕES NO BEM-ESTAR ANIMAL
DOI:
https://doi.org/10.35172/rvz.2023.v30.1529Palavras-chave:
Dados retrospectivos, Domiciliados, Errantes, Manejo, CaninoResumo
O bem-estar animal normalmente pode ser mensurado por três abordagens distintas, no qual a primeira envolve as funções biológicas e fisiológicas, a segunda abrange questões neuropsicológicas, e a terceira a manifestação dos comportamentos naturais. Neste contexto o objetivo deste estudo foi identificar a qualidade de vida de 249 cães atendidos na Superintendência Unidade Hospitalar Veterinária da Universidade Federal da Fronteira Sul (SUHVU) – Campus Realeza/PR. Para tal, foi realizado coletas de dados retrospectivos no período de janeiro de 2020 à julho de 2021, no qual, foram obtidos os seguintes resultados: 72,3% dos cães eram domiciliados, 14,1% eram domiciliados e estavam sob responsabilidade de tutor em situação de vulnerabilidade social, no qual se encontravam cadastrados no Cadastro Único e 13,7% eram cães errantes. Em relação a fertilidade, 73,1% não eram castrados e 26,9% eram castrados. Com relação ao sexo 60,4% dos cães eram fêmeas e 39,6% eram machos. No que se refere a alimentação 52,9% eram alimentados por comida e ração, 36,6% somente ração e 10,5% apenas comida. Acerca do comportamento, 79,9% eram dóceis, 10,4% agressivos, 5,2% medrosos e 4,4% inquietos. A respeito da vacinação 75,6% dos animais receberam algum tipo de vacina, enquanto que 24,4% nunca foram vacinados. No entanto, somente 38,5% dos cães que foram vacinados alguma vez, receberam a vacina contra a raiva. No que diz respeito a vermifugação, 66,4% estavam atualizados, 19,8% desatualizados e 13,8% nunca receberam vermífugo. Quanto ao acesso à rua, 60,2% possuíam acesso com a presença ou ausência do tutor, ou mesmo acesso livre em se tratando de cães errantes e 39,8% não possuíam acesso. Em relação à presença de ectoparasitas 55,8% não apresentavam e 44,2% apresentavam. Além disso, foram analisadas alterações hematológicas e parâmetros bioquímicos, sendo que 48,8% dos animais apresentaram alteração no hemograma, sendo 18,4% identificados com anemia, apresentando também hematócrito inferior, valores de proteínas plasmáticas e albumina diminuídos e valores de ureia e creatinina aumentados. Em relação, a mobilidade obtivemos prevalência de 95% de cães vivendo de forma solta no ambiente que são mantidos, em contrapartida 5% dos cães sendo mantidos presos. Assim, espera-se que estes dados contribuam para o direcionamento de ações para promoção da saúde e do bem-estar animal no município de Realeza – PR.
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