EFEITO DO PLASMA RICO EM URÉIA NA APOPTOSE DE NEUTRÓFILOS DE CÃES
Palavras-chave:
morte celular programada, toxina urêmica, uremia, folimosrfonuclear, disfunção leucocitáriaResumo
A aceleração da apoptose dos neutrófilos em pacientes humanos nefropatas e sua relação com as toxinas urêmicas têm sido, nos últimos anos, amplamente investigada devido sua importância como elemento imunossupressor. A insuficiência renal crônica (IRC) é a nefropatia mais comum observada em cães, no entanto, não há relatos na literatura quanto ao efeito da uremia na apoptose para esta espécie. Considerando que a uréia é a toxina mais rotineiramente quantificada na abordagem clínica da IRC, propõe-se testar a hipótese de que a uréia é capaz de alterar a morfologia dos neutrófilos de cães e acelerar seu processo de morte celular programada e que este efeito é dependente do tempo de exposição. Para tal, plasma sangüíneo de dez cães sadios foi substituído por plasma homólogo enriquecido com duas diferentes concentrações de uréia (114,6 e 62,9 mmol/L) e incubado a 37o C por quatros horas. A concentração de uréia foi determinada pelo método enzimático UV e o índice apoptótico por morfometria. A taxa de neutrófilos apoptóticos aumentou após duas e quatro horas de incubação (p<0,05), independente da adição de uréia. O índice apoptótico de neutrófilos incubados com plasma rico em uréia foi maior do que aquelas com plasma não enriquecido, entretanto tal diferença não foi significativa. Conclui-se que o aumento da concentração de uréia plasmática “ex vivo” isoladamente não promove a aceleração da apoptose de neutrófilos de cães. É possível que o efeito imunossupressor da uréia “in vivo”, à semelhança do que ocorre em humanos, também está associado a outros mecanismos e em sinergismo com outras toxinas urêmicas.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.