AVALIAÇÃO DO ESTRESSE OXIDATIVO NO PLASMA SEMINAL DE CÃES FÉRTEIS E SUBFÉRTEIS APÓS SUPLEMENTAÇÃO ORAL COM VITAMINA C e E
Palavras-chave:
cães, subfertilidade, estresse oxidativo, suplementação oralResumo
Os espermatozóides são células altamente susceptíveis ao estresse oxidativo devido a grande concentração de ácidos graxos na composição de suas membranas. O estresse oxidativo ocorre devido a um desequilíbrio entre as concentrações de substâncias antioxidantes e oxidantes, o que pode levar a perda da capacidade fertilizante do espermatozóide. O objetivo deste trabalho foi avaliar, no plasma seminal, as taxas de peroxidação lipídica e a concentração das substâncias antioxidantes: Superóxido Dismutase (SOD), catalase, vitaminas C e E de cães férteis e subférteis após uma suplementação oral de vitamina C e E por 60 dias. Foram utilizados 13 cães de diferentes raças e idades que receberam ração comercial (Max Adulto – Royal Canin) por quatro meses. Nos últimos 60 dias, os animais receberam uma suplementação oral de 500mg de vitamina C e E, a qual foi adicionada na ração. O sêmen foi coletado por manipulação digital do pênis em três momentos, antes (M1), após 30 (M2) e 60 dias (M3) de suplementação. O plasma seminal foi obtido após centrifugação (18000g) do ejaculado e armazenado em tubos tipo eppendorf em congelador a -20ºC. Foram mensurados no plasma seminal o índice de peroxidação lipídica, através da análise das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), e as concentrações de SOD, catalase, vitamina C e E. A análise de peroxidação lipídica, das concentrações de SOD, catalase e vitamina C foram realizadas em espectrofotômetro em diferentes comprimentos de onda (532, 530, 230 e 520, respectivamente) sendo que para a avaliação da SOD utilizou-se um kit comercial (Frutosamina – Labtest®). A concentração da vitamina E foi realizada em aparelho de cromatografia líquida de alta performance (HPLC). Os resultados mostraram diferença significativa entre os grupos de cães férteis e subférteis apenas no M1 (antes da suplementação oral). Não foi verificado diferença entre os grupos nos demais momentos. Em relação a concentração dos antioxidantes, não foi observado diferença significativa entre os grupos e entre os momentos. Baseado no exposto a suplementação oral com vitamina C e E nas dosagens de 500mg/dia por 60 dias não interferiu nas taxas de peroxidação lipídica (TBARS) e nas concentrações dos antioxidantes.
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