Ausência de helicobacter spp. Em lesões gástricas de suínos pelo método warthin-starry

Autores

  • Natalia Viana Tamiasso
  • Juliana de Castro Cosme
  • Marcus de Freitas Ferreira
  • Louisiane de Carvalho Nunes

Palavras-chave:

etiologia, helicobacteriose, paraqueratose, úlcera gástrica

Resumo

Ao considerar o impacto das úlceras gástricas na saúde animal, as perdas econômicas que
podem ser geradas por elas, a falta de dados sobre a etiologia do processo e a possibilidade de
estabelecer ações preventivas, objetivou-se com este estudo verificar lesões gástricas em
suínos em idade de abate e relacionar os resultados com infecção por Helicobacter spp.
Foram analisados estômagos suínos que apresentaram lesões em região de pars esophagea. A
coleta foi realizada no matadouro frigorífico de Muniz Freire, Espírito Santo, sob Serviço de
Inspeção Estadual. Ao verificar a existência de lesões gástricas, o órgão era avaliado e
classificado macroscopicamente. Após, quatro fragmentos de cada estômago foram coletados:
região de pars esophagea; região de corpo; região de fundo e região pilórica. O material
obtido foi encaminhado ao Setor de Patologia Animal da Universidade Federal do Espírito
Santo, onde foi submetido ao processamento de rotina para inclusão em parafina e
microtomia. Para cada bloco de parafina foram confeccionadas duas lâminas, sendo uma
corada pelo método Hematoxilina-Eosina e outra corada pelo método Warthin-Starry. As
lâminas foram classificadas conforme as lesões microscópicas e avaliadas para presença de
bactérias do gênero Helicobacter. Após obtenção dos dados, os resultados foram submetidos à
análise descritiva. Todos os estômagos apresentavam algum grau de lesão. Apenas um
estômago não apresentou lesão na porção glandular. Ao analisar a lesão microscópica de
paraqueratose, verificou-se presença dessa alteração na porção aglandular de oito estômagos.
Não houve paraqueratose em nenhuma região glandular. Quatro estômagos apresentaram
ulceração na microscopia. Todos os estômagos apresentaram algum grau de infiltrado
inflamatório mononuclear. Em nenhuma amostra foi possível visualizar bacilos do gênero
Helicobacter. As principais lesões gástricas observadas em suínos em idade de abate foram
paraqueratose, ulcerações e infiltrado inflamatório, sem relação com a infecção por bactérias
do gênero Helicobacter.

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Publicado

2017-06-30

Como Citar

1.
Viana Tamiasso N, de Castro Cosme J, de Freitas Ferreira M, de Carvalho Nunes L. Ausência de helicobacter spp. Em lesões gástricas de suínos pelo método warthin-starry. RVZ [Internet]. 30º de junho de 2017 [citado 5º de outubro de 2024];24(2):336-44. Disponível em: https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/315

Edição

Seção

Artigos Originais