SOROPREVALÊNCIA E PESQUISA DE OOCISTOS DE Toxoplasma gondii EM FELÍDEOS SELVAGENS PROCEDENTES DO ESTADO DO PARÁ, BRASIL
Palavras-chave:
felídeos, Toxoplasma gondii, oocistos, sorologiaResumo
A toxoplasmose, uma das zoonoses mais difundidas no mundo, causada pelo protozoário
intracelular Toxoplasma gondii, é capaz de infectar inúmeras espécies animais, dentre as quais
os felídeos, que são os hospedeiros definitivos. O objetivo deste estudo foi determinar a
soropositividade da toxoplasmose em felídeos silvestres mantidos em cativeiro em Capitão
Poço e Belém, Pará. Foram pesquisadas 21 amostras de soro de quatro espécies de felídeos
selvagens: Herpailurus yaguarondi (2) (gato-mourisco), Leopardus pardalis (7) (jaguatirica),
L. wiedii (1) (gato-maracajá) e Panthera onca (11) (onça-pintada e preta) pelos métodos
sorológicos de hemaglutinação indireta (HAI) e aglutinação direta modificada (MAT). Além
da sorologia, foram realizados também exames coproparasitológicos para a pesquisa de
oocistos. Das amostras analisadas, 18 (85,7%) foram positivas, sendo 12 amostras (57,1%)
soropositivas pela técnica HAI e 14 amostras (66,7%) pela MAT. A concordância entre as
duas técnicas foi nula. No gênero Herpailurus um dos animais foi negativo para a HAI e
positivos para a técnica MAT e o outro positivo para HAI e negativo para MAT. Para o
gênero Leopardus, 50% (4 de 8) de positivos na HAI e 75% (6/8) na MAT e Panthera,
63,64% (7 de 11) nas duas técnicas. A titulação mais alta foi verificada em um gato-maracajá
(1024), na MAT. Não foi encontrado oocisto de T. gondii nas fezes de nenhum dos animais
estudados. Desse modo, observou-se uma alta ocorrência de anticorpos anti-toxoplasma nos
municípios estudados e que a técnica utilizada pode interferir no diagnóstico sorológico da
doença.
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