CARACTERIZAÇÃO DA FAUNA DE MORCEGOS (MAMMALIA, CHIROPTERA) E OCORRÊNCIA DE VÍRUS RÁBICO NA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL
Palavras-chave:
morcegos, virus da raiva, diversidade de espécies, áreas urbanas, reservas florestaisResumo
A riqueza de espécies da fauna de morcegos e a ocorrência de vírus rábico foram avaliadas em áreas urbanas de municípios da região de Araçatuba e em área florestal localizada no município de Valparaíso-SP, ambos na região noroeste do Estado de São Paulo. Os morcegos da área urbana foram recebidos diretamente no laboratório de diagnóstico de raiva da UNESP - Campus de Araçatuba, no período de 2006 a 2008. Os morcegos da área florestal foram capturados mensalmente, durante o ano de 2007, em quatro diferentes sítios de coleta selecionados por suas características de acessibilidade e estrutura da vegetação e localizados em prováveis rotas de vôo ou próximo às fontes de alimento e água. Amostras de ambas as áreas, num total de 937, foram submetidas ao diagnóstico de raiva, por meio das técnicas de imunofluorescência direta e inoculação intracerebral em camundongos. Foram identificadas 19 espécies de morcegos pertencentes às famílias Phyllostomidae, Noctilionidae, Molossidae e Vespertilionidae. Na área urbana houve predomínio de espécies insetívoras, com maior abundância das espécies Molossus molossus e Molossus rufus. Na área florestal predominaram as espécies frugívoras, com maior abundância de Artibeus lituratus e Carollia perspicillata. A taxa de positividade na área urbana no período de 2006 a 2008 foi de 0,75%, com registro de sete casos positivos em morcegos de hábito alimentar frugívoro e/ou insetívoro. Todos os morcegos da área florestal foram negativos para o diagnóstico da raiva. O estudo pode contribuir para o conhecimento da diversidade de morcegos e a epidemiologia da raiva na região.
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