AUTOTRANSFUSÃO EM PEQUENOS ANIMAIS: UMA REVISÃO NARRATIVA

Autores

  • Keila Garcia Favarão Programa de pós-graduação em ciências veterinárias – Universidade Estadual do Centro-Oeste - Unicentro https://orcid.org/0000-0002-5134-9902
  • Guilherme de Oliveira Alves Possidonio Programa de pós-graduação em ciências veterinárias – Unicentro https://orcid.org/0000-0001-7133-7207
  • Liane Ziliotto Programa de pós-graduação em ciências veterinárias – Unicentro

DOI:

https://doi.org/10.35172/rvz.2023.v30.1224

Palavras-chave:

Hemotransfusão, Emergência, Hemorragia, Cães, Gatos

Resumo

A terapia transfusional objetiva administrar componentes sanguíneos em falta e, consequentemente, aumentar a capacidade de transporte do oxigênio na circulação sistêmica. A transfusão sanguínea pode ser realizada de forma alogênica convencional ou autóloga, quando se utiliza o sangue do próprio paciente, que é reintroduzido no organismo pela via intravenosa. A autotransfusão comumente é indicada para pacientes que estejam apresentando hemorragia severa ou interna, e/ou que precisam ser submetidos a procedimentos cirúrgicos de emergência. Em pacientes veterinários, o sangue extravasado para as cavidades torácica ou abdominal tem sido atribuído a lesões vasculares causadas por trauma, torção de órgão, ruptura de neoplasia ou coagulopatias. Esse trabalho reúne informações a respeito da autotransfusão em pequenos animais, elencando as principais indicações e as diferentes técnicas descritas para sua realização. A transfusão autóloga é dividida em duas categorias: autotransfusão de emergência, onde o sangue perdido para as cavidades é recolhido, filtrado e reinfundido, e, autotransfusão de pré-depósito, que consiste na doação pré-operatória do sangue do próprio paciente, que é coletado e salvo por um período de tempo antes da cirurgia, e, reinfundido durante o procedimento cirúrgico ou, a hemodiluição pré-operatória, que envolve a doação autóloga imediatamente antes da indução anestésica, seguida da infusão de fluído cristalóide para manutenção da volemia e o sangue é transfundido de volta para o paciente quando as indicações de transfusão surgem ou antes do final do procedimento. Para a coleta do sangue cavitário podem ser adotadas as técnicas de aspiração direta e de aspiração cirúrgica. Os autores deste trabalho utilizam a aspiração direta com auxílio de seringa de grande calibre e bolsa de transfusão. A principal vantagem do uso da autotransfusão é a pronta disposição do sangue sem a necessidade da realização de testes de compatibilidade, portanto, no momento da transfusão o sangue pode ser administrado em bolus, sem acarretar em nenhum tipo de risco ao paciente, tornando a transfusão muito mais rápida e efetiva. Com base na literatura científica acerca da autotransfusão, pode-se afirmar que se trata de uma alternativa segura, eficaz e economicamente viável para ser efetuada na rotina clínica de pequenos animais. Pela experiência dos autores é uma técnica simples de ser realizada e esse relato é uma importante contribuição às informações disponíveis na literatura científica.

Biografia do Autor

Keila Garcia Favarão, Programa de pós-graduação em ciências veterinárias – Universidade Estadual do Centro-Oeste - Unicentro

Programa de pós-graduação em ciências veterinárias – Unicentro

Guilherme de Oliveira Alves Possidonio, Programa de pós-graduação em ciências veterinárias – Unicentro

Programa de pós-graduação em ciências veterinárias – Unicentro

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Publicado

2023-08-28

Como Citar

1.
Garcia Favarão K, de Oliveira Alves Possidonio G, Ziliotto L. AUTOTRANSFUSÃO EM PEQUENOS ANIMAIS: UMA REVISÃO NARRATIVA. RVZ [Internet]. 28º de agosto de 2023 [citado 12º de outubro de 2024];30:1-10. Disponível em: https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/1224

Edição

Seção

Artigos de Revisão

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