LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MORMO EM EQUÍDEOS NO ESTADO DO PARANÁ (2010 A 2022) E O NÍVEL DE CONHECIMENTO DA DOENÇA ENTRE ALUNOS DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA E PROFISSIONAIS DO ESTADO
DOI:
https://doi.org/10.35172/rvz.2023.v30.1523Palavras-chave:
Zoonose, Equídeos, Burkholderia mallei, Epidemiologia, AtualizaçõesResumo
O mormo é uma doença infectocontagiosa de caráter zoonótico, causado pela bactéria Burkholderia mallei que acomete equinos, muares e asininos. Em 2015, ocorreu um surto da doença no Brasil e isso foi responsável pela mudança no Plano Nacional de Sanidade dos Equídeos e fez com que o programa passasse por atualizações especialmente sobre as estratégicas de combate e prevenção da doença. Este trabalho teve como objetivo realizar levantamento epidemiológico dos casos de mormo relatados no estado do Paraná entre 2010 e 2022 e avaliar o nível de conhecimento entre acadêmicos de medicina veterinária e profissionais sobre a doença. O inquérito foi realizado através da coleta de dados a partir das plataformas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abstecimento e Agência de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná. O nível de conhecimento dos profissionais e acadêmicos do Paraná sobre a doença foi conduzido através de questionário virtual, disponibilizado apenas para estudantes do curso de Medicina Veterinária e profissionais. As respostas foram submetidas a análises descritivas, testes qui-quadrado e comparações múltiplas. O estado do Paraná registrou 14 casos neste período, com ampla distribuição pelo estado e sem correlação entre eles. Os valores de p obtidos indicaram diferença significativa entre a média de respostas corretas dos profissionais do Paraná com relação a dos acadêmicos do estado. Essa diferença não é significativa quanto à relação das médias de respostas corretas dos profissionais do Paraná que são ou não habilitados para realizar a coleta de sangue para o exame do mormo e também quanto à média das respostas corretas entre os acadêmicos do estado em seus diferentes anos. Os dados combinados quanto ao acerto de todas as respostas não foram favoráveis, mostrando que o nível de conhecimento desejado para a doença ainda é limitado, dificultando a implantação de medidas de controle e profilaxia para a doença.
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