COLINA PROTEGIDA DA DEGRADAÇÃO RUMINAL E SEU EFEITO NA PREVENÇÃO DA TOXEMIA DA GESTAÇÃO EM OVELHAS LEITEIRAS

Autores

  • Andressa Alaine Michailoff
  • Dom Diego Dall Agnol
  • Anderson Elias Bianchi
  • Fabiano Samuel Balistieri
  • Eliana Lucia Fiorentin
  • Ricardo Xavier Rocha
  • Jose Francisco Manta Bragança

Palavras-chave:

ovinos, cetose, suplementação, metabolismo energético.

Resumo

Neste trabalho, teve-se como objetivo avaliar a suplementação de colina protegida da
degradação ruminal em ovelhas leiteiras e seu papel na prevenção de toxemia da gestação.
Foram utilizadas 20 ovelhas da raça Lacaune, divididas em dois grupos experimentais,
controle (GC, n = 10), que recebeu somente a dieta pré-parto e grupo tratado (GCP, n = 10),
que, além da dieta pré-parto, recebeu 25g de colina protegida da degradação ruminal a partir
do 110º dia de gestação até a última semana de antecedência da data prevista do parto. As
coletas de sangue para mensuração de cetonas sanguíneas foram realizadas no 110º dia de
gestação (dia zero), 117º dia de gestação (dia sete), 124º dia de gestação (dia 14), 131º dia de
gestação (dia 21) e 138º dia de gestação (dia 28), e o nível de colesterol sérico foi avaliado no
124º dia de gestação (dia 14), 131º dia de gestação (dia 21) e 138º dia de gestação (dia 28). A
ocorrência de doença clínica de cetose (Toxemia da Gestação) também foi acompanhada
durante o período do experimento nos dois grupos. Os valores de cetonas sanguíneas foram
inferiores no GCP a partir do dia 14 do experimento, enquanto que os valores de colesterol
foram superiores nesse mesmo grupo no dia 28. Em relação à ocorrência da toxemia da
gestação, nenhum animal manifestou sinais dessa doença no GCP, enquanto que no GC, um
animal apresentou quadro clínico e dois, a forma subclínica da doença. Conclui-se que a
suplementação de 25g/dia de colina protegida da degradação ruminal para ovelhas leiteiras a
partir do 110º dia de gestação até a última semana de antecedência da data prevista do parto
reduziu os efeitos do balanço energético negativo e a incidência de casos de cetose no terço
final de gestação.

Referências

HERDT TH. Ruminant adaptation to negative energy balance: influences on the etiology of ketosis and fatty liver. Veterinary Clinics of North America: Food Animal Practice, 2000; 16: 215-229.

SCHLUMBOHM C, HARMEVER J. Hyperketonemia impairs glucose metabolism in pregnant ewes. Journal of Dairy Science, 2004; 87: 350-358.

MAVROGIANNI VS, BROZOS C. Reflections on the causes and diagnosis of peri-parturient losses of ewes. Small Ruminant Research, 2008; 76: 77-82.

BANI ISAIL Z, AL-MAJALI A, AMIREH F, AL-RAWASHDEH O. Metabolic profiles in goat does in late pregnancy with and without subclinical pregnancy toxemia. Veterinary Clinical Pathology, 2008; 37: 434-437.

ROOK JS. Pregnancy toxemia of ewes, does, and beef cows. Veterinary Clinics of North America: Food Animal Practice, 2000; 16 (2): 293-317.

VAN SAUN RJ. Pregnancy toxemia in a flock of sheep. Journal of the American Veterinary Medical Association, 2000; 217 (10): 1536-1539.

SARGISON ND, SCOTT PR, PENNY CD, PIRIE RS, KELLY JM. Plasma enzymes and metabolites as potential prognostic indices of ovine pregnancy toxaemia: A preliminary study. British Veterinary Journal, 1994; 150 (3): 271-277.

GRUMMER RR. Nutritional and management strategies for the prevention of fatty liver in dairy cattle. Veterinary Journal London, 1995; 10 (20): 176.

PIEPENBRINK MS, OVERTON TR. Liver metabolism and production of cows fed increasing amounts of rumen-protected choline during the periparturient period. Journal Dairy Science, 2003; 5 (86): 1722-1733.

RADOSTITS OM. Clinica veterinária: um tratado de doenças dos bovinos, ovinos, suínos, caprinos e eqüinos. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 1737p.

ANDREWS AH, HOLLAND-HOWES VE, WILKINSON JID. Naturally occurring pregnancy toxaemia in the ewe and treatment with recombinant bovine somatotropin. Small Ruminan Research, 1986; 23: 191-197.

BROZOS C, MAVROGIANNI V, FTHENAKIS GC. Treatment and control of periparturient metabolic diseases: Pregnancy toxemia, hypocalcemia, hypomagnesemia. Veterinary Clinics of North America: Food Animal Practice, 2011; 27: 105–113.

ANDRIGUETTO JM, PERLY L, MINARDI I, GEMAEL A, FLEMMING JS, SOUZA GA, BONA FILHO A. Nutrição Animal: As bases e os fundamentos da nutrição animal – Os alimentos. – São Paulo: Nobel, 2002, 387p.

BERCHIELLI TT, CANESIN RC, ANDRADE P. Estratégias de suplementação para ruminantes em pastagens. Revista Brasileira de Zootecnia/Brazilian Journal of Animal Science, 2006; 35 (suplemento): 353-370.

COOKE, J. P. Angiogenesis and the role of the endothelial nicotinic acetylcholine receptor. Life Sciences, 2007; 80 (24-25): 2347-2351.

KANEKO J.J.; H, J.W.; Bruss, M.L. Clinical Biochemistry of DomesticAnimals. 6th ed. Academic Press, San Diego, 2008, 916p.

GONZÁLEZ, Félix H. Díaz; SILVA, Sérgio Ceroni da; CERÓN, José Joaquín; CAMPOS, Rómulo. Introdução à bioquímica clínica veterinária. 2. ed. Porto Alegre: UFRGS, 2006. 358 p.

RIEGEL R.E. Radicais Livres. In:______ Bioquímica. 3. ed. São Leopoldo: Unisinos, 2002, p.507-536.

GRUMMER RR. Etiology of Lipid-Related Metabolic Disorders in Periparturient Dairy Cows. Journal Dairy Science, 1993; 76 (12): 3882-3896.

Downloads

Publicado

2022-01-24

Como Citar

1.
Michailoff AA, Agnol DDD, Bianchi AE, Balistieri FS, Fiorentin EL, Rocha RX, Bragança JFM. COLINA PROTEGIDA DA DEGRADAÇÃO RUMINAL E SEU EFEITO NA PREVENÇÃO DA TOXEMIA DA GESTAÇÃO EM OVELHAS LEITEIRAS. RVZ [Internet]. 24º de janeiro de 2022 [citado 28º de abril de 2024];24(1):144-50. Disponível em: https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/710

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)