ASPECTOS DA INFECÇÃO POR Anaplasma marginale EM BOVINOS EXPERIMENTALMENTE INFECTADOS
Palavras-chave:
Anaplasmose, oxitetraciclina, tristeza parasitária bovina, parasitemiaResumo
O presente trabalho teve como objetivo, avaliar os aspectos clínicos, hematológicos,
parasitológicos, bem como a eficácia da oxitetraciclina longa ação, contra Anaplasma
marginale, em bovinos experimentalmente infectados. Seis animais soronegativos foram
obtidos pela RIFI. No dia 9 do estudo, três animais foram esplenectomizados, e no dia zero,
os seis bovinos foram inoculados com aproximadamente 1x106 hemácias parasitadas por
Anaplasma marginale. A temperatura retal foi aferida do 1º ao 35º dia pós-inoculação (DPI).
Já o volume globular (VG - microhematócrito) e o cálculo da parasitemia, foram obtidos do
10º ao 35º DPI. Os animais receberam tratamento específico (oxitetraciclina LA), quando
apresentaram, inicialmente, hipertermia (≥39,2ºC) e parasitemia ≥2,0%, e receberiam novos
tratamentos, até ocorrer estabilização clínica e parasitológica do animal. Analisando os
resultados, verifica-se que no 21º DPI a parasitemia foi presente nos seis animais, neste
mesmo dia, iniciou o decréscimo no VG dos animais. A temperatura retal dos bovinos atingiu
picos febris ≥39,2, a partir do 23º DPI, dia este em que a parasitemia encontrava-se em
ascensão. De um modo geral, o tratamento específico contra A. marginale, precisou ser
realizado cerca de três dias após o hemoparasita ter sido identificado na corrente sanguínea
periférica dos animais. Os animais tiveram de receber de um a quatro tratamentos específicos
contra A. marginale para a estabilização do quadro clínico/parasitológico dos animais. Não
houve eliminação total dos parasitas após os tratamentos. Com base no modelo experimental
utilizado neste estudo, pode-se concluir-se que, os bovinos necessitaram do primeiro
tratamento específico contra A. marginale, cerca de 72 horas após a detecção direta do
parasita em lâminas. Foram necessários, de um a quatro tratamentos para a recuperação
clínica e a diminuição parasitológica do agente nos animais. Além disso, o período pré-
patente e consequentemente o de incubação para esta enfermidade foi, em média, de 21 dias,
entretanto, este período pode se estender, um pouco mais, de acordo com a quantidade de
inoculo utilizado ou também a via de administração utilizada para infectar os bovinos.
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