PROLIFERAÇÃO E VIABILIDADE DE CÉLULAS-TRONCO DERIVADAS DO OMENTO MAIOR, TECIDO ADIPOSO PERIRRENAL E BOLSA ADIPOSA INTERESCAPULAR EM COELHOS (Oryctolagus cuniculus)

Autores

  • Saulo Tadeu Lemos Pinto Filho
  • Tiago Luis Eilers Treichel
  • Jaime Sardá Aramburú Junior
  • Maurício Borges da Rosa
  • Maurício Veloso Brun
  • Marcella Teixeira Linhares
  • Bianca Eidt Rodrigues
  • Alexandre Krause
  • Marcos André Braz Vaz
  • Fabíola Dalmolin
  • Ney Luis Pippi

Palavras-chave:

terapia celular, coelhos, cirurgia, CTM

Resumo

O tecido adiposo é fonte alternativa de células-tronco mesenquimais, apresentando-se como método menos invasivo e permitindo coleta de maior quantidade celular em comparação a medula óssea (MO). Nos humanos, o tecido adiposo apresenta diferenças de metabolismo, conforme a localização anatômica. Em camundongos, foram observadas diferenças em relação à composição celular e à capacidade de diferenciação das células tronco mesenquimais derivadas do tecido adiposo (ADSCs), de acordo com as regiões anatômicas. O objetivo deste trabalho é comparar a proliferação e viabilidade de células-tronco mesenquimais (CTMs) derivadas da bolsa adiposa interescapular, do omento maior e da gordura da região perirrenal de coelhos. Para isso, três coelhos foram submetidos a procedimentos cirúrgicos para remoção de tecido adiposo do omento maior, região perirrenal e bolsa adiposa interescapular. As células foram processadas e cultivadas em atmosfera umidificada a CO2 5%, sendo posteriormente coradas com Azul de Tripan e contadas em câmara de Neubauer. Concluí-se que houve variação na capacidade proliferativa das CTMs em relação as regiões estudadas, com vantagem da gordura omental sobre as outras duas regiões. A viabilidade das CTMs das três regiões apresentou variação durante as passagens.

Referências

Semedo P, Costa MC, Cenedeze MA, Malheiros DMAC, Shimizu MHM, Seguro AC, et al. Papel imunossupressor e remodelador das células-tronco mesenquimais em um modelo experimental de doença renal crônica. Einstein. 2009; 7(4):469-479.

Caplan AL. Mesenchymal stem cells. J Orthop Res 1991; 9:641-650.

Monteiro BS, Argolo Neto NM, Del Carlo RJ. Células-tronco mesenquimais. Cienc Rural. 2010; 40(1):238-245.

Pinto Filho, STL, Treichel, TLE, Aramburu Jr, JS, Rosa, MB, Dalmolin, F, Brun, MV, et al. Células-tronco mesenquimais adultas: características e aplicações experimentais em animais. Vet Zoot. 2013; 20:49-59.

Kern S, Eichler H, Stoeve J, Klüter H, Bieback K. Comparative analysis of mesenchymal stem cells from bone marrow, umbilical cord blood, or adipose tissue. Stem Cells. 2006; 24:1294-1301.

Pereira ISO, Pontes P, Eça LP, Ferreira AT, Mazzetti PMV, Silva L, et al. Protocolo piloto de separação e quantificação de células-tronco de tecido adiposo de coelhos para posterior uso em laringe. Acta ORL. 2008; 26(3):11-16.

Torres FC. Panículo adiposo interescapular de coelho da espécie Oryctolagus cuniculus como fonte de células-tronco [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2009.

Frühbeck G, Gomez-ambrosi J, Muruzabal FJ, Burrell MA. The adipocyte: a model for integration of endocrine and metabolic signaling in energy metabolism regulation. Am J Physiol Endocrinol Metab. 2001; 280:827-847.

Yarak S, Okamoto OK. Células-tronco derivadas de tecido adiposo humano: desafios atuais e perspectivas clínicas. An Bras Dermatol. 2010; 85:647-656.

Prunet-marcassus B, Cousin B, Caton D, André M, Pénicaud L, Casteilla L. From heterogeneity to plasticity in adipose tissues: Site-specific differences. Exp Cell Res. 2006; 312:727-736.

Sakaguchi Y, Sekiya I, Yagishita K, Muneta T. Comparison of human stem cells derived from various mesenchymal tissues. Arthritis Rheum. 2005; 52(8):2521–2529.

Ribeiro G, Massoco CO, Lacerda Neto JC. Viabilidade celular da fração mononuclear da medula óssea e fração vascular estromal do tecido adiposo de equinos após o processo de congelamento e descongelamento. Pesq Vet Bras. 2012; 32:118-124.

Heimburg DV, Hemmricha K, Haydarlioglua S, Staiger H, Pallua N. Comparison of Viable Cell Yield from Excised versus Aspirated Adipose Tissue. Cells Tissues Organs. 2004; 178:87-92.

Patricio LFL. Isolamento, cultivo e diferenciação de células-tronco mesenquimais de cães [dissertação]. Curitiba: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Federal do Paraná; 2010.

Neupane M, Chang CC, Kiupel M, Gurkan VY. Isolation and characterization of canine adipose-derived mesenchymal stem cell. Tissue Eng. 2008; 14:1007-1015.

Treichel TLE. Contribuições para o uso de células estromais mesenquimais no reparo de feridas cutâneas e no transplante de pele em coelhos [tese]. Santa Maria: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Universidade Federal de Santa Maria; 2014.

Maciel BB. Isolamento, cultivo e caracterização de células-tronco mesenquimais da medula óssea e do tecido adiposo de gato [dissertação]. Curitiba: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Federal do Paraná; 2010.

Downloads

Publicado

2022-03-22

Como Citar

1.
Pinto Filho STL, Treichel TLE, Junior JSA, Rosa MB da, Brun MV, Linhares MT, Rodrigues BE, Krause A, Vaz MAB, Dalmolin F, Pippi NL. PROLIFERAÇÃO E VIABILIDADE DE CÉLULAS-TRONCO DERIVADAS DO OMENTO MAIOR, TECIDO ADIPOSO PERIRRENAL E BOLSA ADIPOSA INTERESCAPULAR EM COELHOS (Oryctolagus cuniculus) . RVZ [Internet]. 22º de março de 2022 [citado 30º de abril de 2024];22(4):607-18. Disponível em: https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/874

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)