ASPECTOS ECOLÓGICOS DA HELMINTOFAUNA DE Brachyplatystoma rousseauxii (SILURIFORMES: PIMELODIDAE) DA BAÍA DO MARAJÓ, ESTADO DO PARÁ, BRASIL
Palabras clave:
ecologia parasitária, ictioparasitologia, helmintos, PimelodidaeResumen
Entre novembro de 2013 e janeiro de 2014 foram necropsiados 20 espécimes de dourada
Brachyplatystoma rousseauxii Castelnau, 1855 (Siluriformes: Pimelodidae) provenientes da
Baía do Marajó, Estado do Pará, Brasil, sendo analisados para estudo das suas
infracomunidades de helmintos parasitos. Todos os peixes (100%) estavam parasitados por
pelo menos uma espécie de verme. Foram coletados 3.474 endohelmintos (96 platelmintos
adultos e 3.378 larvas de nematoides), classificados em quatro espécies de parasitos.
Anisakidae foi a espécie mais abundante e prevalente, constituindo a maioria dos espécimes
coletados. Duas espécies de helmintos parasitos apresentaram correlação entre o comprimento
total e a abundância parasitária: a correlação foi negativa para o cestoide Nomimoscolex sp. e
positiva para as larvas do nematoide Raphydascaris sp. Por sinal, este é o primeiro relato do
gênero Raphydascaris parasitando B. rousseauxii. Foi ainda encontrada uma única larva de
nematoide classificada como Cucullanidae. A grande incidência de larvas de nematoides
coletadas indica que, embora seja um peixe com preferência carnívora, B. rousseauxii deve
também ocupar um nível intermediário na teia trófica estuarina.
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