Cloridrato de dexmedetomidina como medicação pré- anestésica ou sedativo em cães

Relato de dois casos

Autores

  • Andriele da Costa Poerschke
  • André Vasconcelos Soares
  • Fellipe de Souza Dorneles
  • Marcos Rafael Kroeker Duck

DOI:

https://doi.org/10.35172/rvz.2017.v24.235

Palavras-chave:

Agonistas α2-adrenérgicos, antagonista, sedação, analgesia

Resumo

Relata-se, dois casos, sendo que no primeiro, realizou-se cirurgia de OVH eletiva. Como MPA,
utilizou-se 2,5 mcg/kg de cloridrato de dexmedetomidina e 0,2 mg/kg de cloridrato de metadona
IM. A recuperação anestésica foi tranquila e sem complicações e o animal foi extubado após
cinco minutos, recebendo alta do centro cirúrgico 30 minutos depois. No segundo caso,
realizou-se cirurgia de sepultamento da glândula da terceira pálpebra. Como sedativo, utilizouse 3,5 mcg/kg de cloridrato de dexmedetomidina e, como analgésico, 0,2 mg/kg de cloridrato
de metadona IM. Ao término do procedimento cirúrgico, administrou-se 0,4 mcg/kg de
cloridrato de atipamezole IM. Decorridos 15 minutos o paciente recuperou-se completamente,
podendo ser encaminhado para alta cirúrgica. Os dois procedimentos transcorreram com
valores de PAS e bradicardia elevados,efeitos característicos do uso da dexmedetomidina. No
primeiro caso a PAS se manteve entre 150 e 180 mmHg, no segundo, entre 160 e 180 mmHg.
A partir dos casos relatados, conclui-se que o emprego da dexmedetomidina foi benéfico,
proporcionando adequada medicação pré-anestésica e sedação nos referidos pacientes.

Referências

1. Hatschbach E. Avaliação paramétrica da dexmedetomidina em cães pré-tratados pela
atropina e tratados pela quetamina em associação com o midazolam ou diazepam
[dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade
Estadual Paulista; 2005.
2. Bagatini A, Gomes CR, Masella MZ, Rezer G. Dexmedetomidina: farmacologia e uso
clínico. Rev Bras Anestesiol. 2002;52(5):606-17.
3. Herbert BAG, Ramaciotti PMG, Ferrari F, Navarro LHC, Nakamura G, Rodrigues Jr GR et
al. Uso de dexmedetomidina em neurocirurgia. Rev Bras Anestesiol. 2007;57(2):223-31.
4. Butterworth JS, Strichartz GR. The α2-adrenergic agonists clonidine e guanfacine produce
tonic and phasic block and conduction in rat sciatic nerve fibers. Anesth Analg.
1993;76(2):295-301.
5. Kamibayashi T, Maze M. Clinical uses of α2-adrenergic agonists. Anesthesiology.
2000;93(5):1345-9.
6. Bouret S, Sara SJ. Locus coeruleus. Scholarpedia. 2010;5(3):2845.
7. Alves TCA, Braz JRC, Vianna PTG. α2-Agonistas em anestesiologia: aspectos clínicos e
farmacológicos. Rev Bras Anestesiol. 2000;50(5):396-404.
8. Bylund DB. α2 adrenoceptor subtypes: are more better? Br J Pharmacol. 2005;144(2):159-
60.
9. Fantoni DT, Cortopassi SRG. Medicação pré-anestésica. In: Fantoni DT, Cortopassi SRG.
Anestesia em cães e gatos. São Paulo: Roca; 2002. p.151-8.
10. Ruffolo Jr RR, Nichols AJ, Stadel J, Hieble JP. Pharmacology and therapeutic applications
of α2-adrenoceptor subtypes. Annu Rev Pharmacol Toxicol. 1993;33:243-279.
11. Flôres FN, Moraes AN, Oleskovicz N, Oliveira F, Bortoluzzi N, Minsky V, et al. Sulfato
de atropina nos parâmetros hemodinâmicos e hemogasométricos de cães anestesiados com
clorpromazina, dexmedetomidina e isoflurano. Cienc Rural. 2008;38(4):1024-9.
12. Magalhães E, Gouvêia CS, Ladeira LCA, Espíndola BV. Relação entre a infusão contínua
de dexmedetomidina e a fração expirada de sevoflurano monitorizada pelo índice
bispectral. Rev Bras Anestesiol. 2004;54(3):303-10.
13. Vainio O, Vahe-vahe T. Reversal of medetomidine sedation by atipamezole in dogs. J Vet
Pharmacol Ther. 1990;13(1):15-22.

Downloads

Publicado

2017-12-04

Como Citar

1.
Poerschke A da C, Soares AV, Dorneles F de S, Kroeker Duck MR. Cloridrato de dexmedetomidina como medicação pré- anestésica ou sedativo em cães: Relato de dois casos. RVZ [Internet]. 4º de dezembro de 2017 [citado 28º de março de 2024];24(4):697-702. Disponível em: https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/235

Edição

Seção

Relatos de Casos