OCORRÊNCIA DE Cryptosporidium spp. EM FELINOS DE RECIFE, PE, BRASIL

Autores

  • Giselle Ramos da Silva
  • Ivanise Maria de Santana
  • Ana Carolina Messias de Souza Ferreira
  • João Carlos Gomes Borges
  • Leucio Câmara Alves
  • Maria Aparecida da Gloria Faustino

Palavras-chave:

Criptosporidiose, zoonose, epidemiologia

Resumo

Cryptosporidium spp. são protozoários, parasitos intracelulares obrigatórios do epitélio do trato gastrintestinal, causadores da criptosporidiose, possuindo ampla variedade de hospedeiros e grande capacidade de reprodução e disseminação. Pouco se conhece sobre a infecção por Cryptosporidium spp. na espécie felina e diante da importância dos gatos como animais de companhia, o presente estudo teve como objetivo avaliar a infecção por Cryptosporidium spp. e a associação com fatores epidemiológicos e sanitários relacionados ao manejo de felinos domésticos na cidade do Recife, estado de Pernambuco, Brasil. Amostras de fezes de 32 felinos domésticos foram submetidas à técnica de centrífugo-sedimentação em formol-éter com posterior coloração pelo método de Kinyoun. Um check list foi preenchido para obtenção de informações sobre as medidas adotadas na criação dos animais.  A análise estatística foi realizada através do teste Exato de Fisher, com nível de significância de 5,0%. Foi observada taxa de infecção de 18,8% (6/32), havendo associação significativa com a vacina recebida e convívio com outros animais. Trata-se do primeiro registro de ocorrência de infecção por Cryptosporidium spp. na espécie felina no Nordeste brasileiro.

Referências

Dohoo IR, Mcdonell WN, Rhodes CS, Elazhar YL. Veterinary research and human health. Canadian Veterinary Journal. 1998; 39(9):548-556.

Graaf DC, Vanopdenbosch E, Ortega-Mora LM, Abbassi H, Peeters JE. A review of the importance of cryptosporidiosis in farm animals. International Journal for Parasitology. 1999; 29(8):1269-1287.

Iseki, M. Cryptosporidium felis sp. n. (Protozoa: Eimeriorina) from the domestic cat. Japanese Journal of Parasitology. 1979; 28:285-289.

Fayer R, Morgan U, Upton SJ. Epidemiology of Cryptosporidium: transmission, detection and identification. International Journal for Parasitology. 2000; 30(12-13):1305-1322.

Hinrichsen SL. Doenças infecciosas e parasitárias, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005. p. 358-364.

Miller J. The domestic cat: perspective on the nature and diversity of cats. Journal of American Veterinary Medical Association. 1996; 208(4):498-502.

Huber F, Bomfim TCB, Gomes RS. Comparação entre infecção por Cryptosporidium sp. e por Giardia sp. em gatos sob dois sistemas de criação. Revista Brasileira de parasitologia Veterinária. 2002; 11(1):7-12.

Bennett M, Baxby D, Blundell N, Gaskell CJ, Hart, CA, Kelly, DF. Cryptosporidiosis in the domestic cat. The Veterinary Record. 1985; 19:73-74.

Mtambo MMA, Nash AS, Blewett DA, Smith HV, Wright S. Cryptosporidium infection in cats: prevalence of infection in domestic and feral cats in the Glasgow area. The Veterinary Record. 1991; 7:502-504.

Spain CV, Scarlett JM, Wade SE, Mcdonough P. Prevalence of enteric zoonotica agents in cats less than 1 year old in central New Yorck State. Journal of Veterinary Internal Medicine. 2001; 15:33-38.

Fayer R, Speer CA, Dubey JP. The general Biology of Cryptosporidium. IN: Fayer R. Cryptosporidium and cryptosporidiosis. Washington: CRC Press; 1997. p.1-60. English.

Morgan UM, Xiao L, Monis P, Fall A, Irwin PJ, Fayer R, Denholm KM, Limor J, Lal A, Thompson RCA. Cryptosporidium spp. in domestic dogs: the “Dog” genotype. Applied and Environmental Microbiology. 2000; 66(5):2220-2223.

Miller DL, Liggett A, Radi ZA, Branch LO. Gastrointestinal cryptosporidiosis in a puppy. Veterinary Parasitology. 2003; 115(3):199-204.

Reis JC. Estatística aplicada à pesquisa em ciência veterinária. 1st ed. Olinda: Luci Artes Gráficas; 2003. 651p. Portuguese.

Laflamme D. Development and validation of a body condition score system for cats: a clinical tool. Feline Practice. 1997; 25:13-17.

Ritchie LS. An ether sedimentation technique for routine stool examinations. Bull U. S. Army Medical Department. 1948; 8:3-6.

David H, Frebault VL, Thorel MF. Méthodes de laboratoire pour mycobacteriologie clinique. Paris: Institut Pasteur.1989; 24 p.

Brasil. Ministério da Saúde. Infecções oportunistas por parasitas em AIDS: técnicas de diagnóstico. Brasília, DF: Ministério da Saúde. 1996; 27 p.

Henriksen SA, Pohlenz JFL. Staining of Cryptosporidium by a modified Ziehl-Neelsen technique. Acta Veterinaria Scandinavica. 1981; 22(3-4):594-596.

Arai H, Fukuda Y, Hara T, Funakosgi Y, Kanebo S, Yoshida T, Asahi H, Kumada M, Kato K, Koyama T. Prevalence of Cryptosporidium infection among domestic cats in Tokyo metropolitan district, Japan. Japanese Journal of Medical Science and Biology. 1990; 43(1):7-14.

Nash AS, Mtambo MMA, Gibbs HA. Cryptosporidium infection in farm cats in the Glasgow area. Veterinary Record. 1993; 133(23):576-577.

Rambozzi L, Menzano A, Mannelli A, Romano S, Isaia MC. Prevalence of Cryptosporidium infection in cats in Turin and analysis of risk factors. Journal of Feline Medicine and Surgery. 2007; 9(5):392-396.

Gennari, SM, Kasai N, Pena HFJ, Cortez A. Ocorrência de protozoários e helmintos em amostras de fezes de cães e gatos da cidade de São Paulo. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science. 1999; 36(2):87-91.

Ragozo AMA, Silva JCR, Caravieri R, Amajoner VR, Magnabosco C, Gennari SM. Ocorrência de parasitos gastrintestinais em fezes de gatos das cidades de São Paulo e Guarulhos. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science. 2002; 39(5):244-246.

Coelho WMD, Amarante AFT, Soutello RVG, Meireles MV, Bresciani KDS. Ocorrência de parasitos gastrintestinais em amostras fecais de felinos do município de Andradina, São Paulo. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária. 2009; 18(2):46-49.

Ferreira AP, Horta MAP, Pereira CRA. Análise da prevalência de Cryptosporidium spp. em animais de companhia de idosos. Estudo de caso: Teresópolis, Rio de Janeiro, Brasil. Revista Baiana de Saúde Pública. 2012; 36(2):328-342.

Sotelo PH, Chávez VA, Casas AE, Pinedo VR, Falcón PN. Giardiasis y criptosporidiasis en caninos de los distritos del Cono Oeste de Lima Metropolitana. Revista de Investigaciones Veterinarias del PerU (RIVEP). 2013; 24(3):353-359.

Moura AB, Teixeira EB, Souza AP, Sartor AA, Bellato V, Stalliviere FM. Cryptosporidium spp. em cães domiciliados da cidade de Lages, SC. Revista de Ciências Agroveterinárias. 2009; 8(2):173-178.

Alves OF, Gomes AG, Silva AC. Ocorrência de enteroparasitas em cães do Município de Goiânia, Goiás: comparação de técnicas de diagnóstico. Ciência Animal Brasileira. 2005; 6(2):127-133.

Matos AS, Murai HC. Prevalência de parasitoses intestinais por helmintos e protozoários em idosos. Revista de Enfermagem UNISA. 2005; 6:9-14.

Soares B, Cantos GA. Qualidade parasitológica e condições higiênico-sanitárias de hortaliças comercializadas na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2005; 8(4):377-384.

Tzipori S. Cryptosporidiosis in animals and humans. Archive of Microbiology Reviews. 1983; 47:84-86.

Teunis PFM, Havelaar AH. Risk assessment for protozoan parasites. International Biodeterioration and Biodegradation. 2002; 9:122-146.

Pereira CRA, Ferreira AP. Ocorrência e fatores de risco da criptosporidiose em felinos de companhia de idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. 2012; 15(4):681-691.

Molbak K, Aaby P, Hojlyng N, Da Silva AP. Risk factors for Cryptosporidium diarrhea in earlychildhood: a case-control study from Guinea-Bissau, West Africa. American Journal of Epidemiology. 1994; 139(7):734-740.

Ederli BB, Rodrigues MF, Carvalho CB. Fatores de risco associados à infecção por Cryptosporidium spp. em cães domiciliados na cidade de Campo dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária. 2008; 17(1):250-266.

Downloads

Publicado

2022-04-04

Como Citar

1.
Silva GR da, Santana IM de, Ferreira ACM de S, Borges JCG, Alves LC, Faustino MA da G. OCORRÊNCIA DE Cryptosporidium spp. EM FELINOS DE RECIFE, PE, BRASIL. RVZ [Internet]. 4º de abril de 2022 [citado 23º de novembro de 2024];22(3):408-17. Disponível em: https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/897

Edição

Seção

Artigos Originais