SOROEPIDEMIOLOGIA DA TOXOPLASMOSE EM DOADORES DE SANGUE DO HEMOCENTRO, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA, BOTUCATU, SÃO PAULO
Palavras-chave:
Toxoplasma gondii, zoonose, doadores de sangue, Reação de Imunofluorescência IndiretaResumo
A toxoplasmose é uma zoonose de ampla distribuição geográfica, causada pelo Toxoplasma gondii, um protozoário intracelular obrigatório. A maior parte dessas infecções em humanos é assintomática, porém podem causar consequências graves ou até fatais em pacientes com doenças imunossupressoras, receptores de órgãos e nos fetos. A transmissão pode ocorrer pela ingestão de carne crua ou mal passada, leite cru caprino, vegetais e frutas contaminadas, transfusão de sangue, transplante de órgãos ou por via transplacentária. Um dos métodos diagnósticos mais utilizados é a Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) em que são identificados anticorpos IgM e IgG para Toxoplasma gondii. A soroprevalência humana no Brasil é variável, mas está entre 50 a 80%. Outras informações que contribuem para o diagnóstico da toxoplasmose são os dados epidemiológicos que podem ser obtidos por meio de questionários respondidos pelos pacientes. O objetivo desse estudo foi determinar a soroprevalência da toxoplasmose em doadores de sangue do Hemocentro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. Em 450 amostras de soro os valores obtidos de anticorpos IgM anti-Toxoplasma, pela RIFI, foi de 48,0% e IgG, 35,1%. Conclui-se que a soroprevalência da toxoplasmose nesse grupo de doadores de sangue é alta, porém, corrobora com os encontrados no Brasil. Para prevenir a possível transmissão da infecção por meio de transfusões de sangue e hemoderivados é necessário a obtenção de dados epidemiológicos e análises sorológicas para triagem dos doadores.
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