MARBOFLOXACINA INDUZ ATIVIDADE LEISHMANICIDA E MENOS RESPOSTA INFLAMATÓRIA EM MACRÓFAGOS INFECTADOS POR Leishmania chagasi

Autores

  • João Francisco dos Anjos Alvarenga Amante Sao Paulo State University (UNESP), Botucatu, Brazil
  • Amanda Ribeiro Santos Sao Paulo State University (UNESP), Bauru, Brazil
  • Bárbara Mello Santos Sao Paulo State University (UNESP), Bauru, Brazil
  • Karine Bott Mantovan Universidade Estadual "Julio de Mesquita Filho"
  • Sâmea Fernandes Joaquim Sao Paulo State University (UNESP), Botucatu, Brazil
  • Giulia Soares Latosinski Sao Paulo State University (UNESP), Botucatu, Brazil https://orcid.org/0000-0001-5390-5610
  • Benedito Donizete Menozzi Sao Paulo State University (UNESP), Botucatu, Brazil
  • Alexandre Hataka Sao Paulo State University (UNESP), Botucatu, Brazil
  • Simone Baldini Lucheis Sao Paulo State University (UNESP), Botucatu, Brazil
  • James Venturini Federal University of Mato Grosso do Sul, UFMS, Brazil
  • Helio Langoni Sao Paulo State University (UNESP), Botucatu, Brazil

DOI:

https://doi.org/10.35172/rvz.2020.v27.510

Palavras-chave:

Leishmania chagasi, marbofloxacina, macrófagos infectados

Resumo

A marbofloxacina tem promissora atividade leishmanicida devido à ação direta sobre as amastigotas de Leishmania chagasi. Foi desenvolvido apenas para uso em medicina veterinária, podendo ser utilizado no tratamento da Leishmaniose Visceral Canina (LVC). No presente estudo, avaliamos o efeito leishmanicida e a modulação macrofágica da marbofloxacina em macrófagos infectados com amastigotas de L. chagasi. Os macrófagos foram coletados do peritônio de camundongos BALB/c infectados com promastigotas de L. chagasi. Após internalização e transformação em formas amastigotas, as células foram tratadas com marbofloxacina nas concentrações 100, 500 e 750µg / mL por 18 horas. O efeito leishmanicida foi avaliado pelos aspectos morfológicos de amastigotas dentro de macrófagos, por ensaio de fagocitose e detecção de amastigotas e macrófagos mortos por ensaio TUNEL. A modulação dos macrófagos foi avaliada pela liberação de metabólitos citotóxicos e produção de citocinas. Os resultados mostraram que macrófagos infectados com L. chagasi tratados com a maior concentração da droga apresentaram menor quantidade de amastigotas nos macrófagos (p <0,0632) do que células infectadas não tratadas. Houve a presença pronunciada de vacúolos celulares nas células infectadas tratadas, e mais amastigotas apoptóticas em macrófagos vivos. Observou-se diminuição dos níveis de H2O2, IL-1β, IL-6 e TNF-α dependente da dose de marbofloxacina em macrófagos infectados. Os resultados indicam o efeito leishmanicida da marbofloxacina em macrófagos infectados e ações imunomoduladoras nessas células.

Referências

1. Maia-Elkhoury ANS, Alves WA, Souza-Gomes ML, Sena JM, Luna EA. Visceral leishmaniasis in Brazil: trends and challenges. Cad. Saúde Pública. 2008;24 (12):2941-2947.
2. WHO. Leishmaniasis. World Health Organization. Accessed in: March 2015. Avaiable in: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs375/en/.
3. Neves DP. Parasitologia humana. 2011;12 ed. São Paulo: Atheneu.
4. Ross, R. Notes on the bodies recently described by Leishman and Donavan. Br. Med. J. 1903;2(2237):1261-1262.
5. Troncarelli MZ, Carneiro DMVF, Langoni H. Visceral Leishmaniasis: An Old Disease with Continuous Impact on Public Health. In: MORALES, J.L. Zoonosis. Rijeka: intech. 2012;p. 263-282.
6. Antinori S, Schifanella L, Cobellino M. Leishmaniasis: new insights from an old an neglected disease. Eur. J. Clin. Microbiol. Infect. Dis. 2012;31(2):109-18.
7. Zamboni DS And Lima-Junior DS. Inflammasomes in host response to protozoan parasites. Immunological Reviews. 1999;265: 156–171.
8. Kangussu-Marcolino MM, Rosário MMT, Noseda MD, Duarte MER, Ducatti DRB, Cassolato JEF, Iacomini M, Martinez GR, Rocha MEM, Cadena SMSC, Noleto GR. Acid heteropolysaccharides with potent antileishmanial effects. Int. J. Biol. Macromol. 2015;81:165-170.
9. Langoni H. Leishmaniose. In J Megid, MG Ribeiro, AC Paes (eds.) Doenças infecciosas em animais de produção e de companhia. 2016; 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p.468-478.
10. Baneth G, Solano-Gallego L. Leishmaniosis. In CE Greene (ed.) Infectious Diseases of the dog and cat. 2012; 4th ed., Saint Louis: Elsevier, p.734-749.
11. Noli C, Saridomichelakis MN. An update on the diagnosis and treatment of canine leishmaniosis caused by Leishmania infantum (syn. L. chagasi). The Veterinary Journal. 2014;202:425-435.
12. Vouldoukis I, Rougier S, Dugas B, Pino P, Mazier D, Woehrlè F. Canine visceral leishmaniasis: comparison of in vitro activity of marbofloxacin, meglumineantimoniate and sodium stibogluconate, Vet Parasitol. 2006;135: 137-146.
13. Mosmann T. Rapid colorimetric assay for cellular growth and survival: application to proliferation and cytotoxicity assays. J. Immunol. Methods. 1983; 65 (1-2): 55-63.
14. Pick E, Mizel D. Rapid microassays for measurement of superoxide and hydrogen peroxide production by macrophages in culture using an automatic enzyme immunoassay reader. J. Immunol. Methods. 1981;46: 211-226.
15. Russo M, Teixeira HC, Marcondes MC, et al. Superoxide independent hydrogen peroxide release by activated macrophages, Braz. J. Med. Biol. Res. 1998; 22: 1271-1273.
16. Green LC, Tannembaum SR, Goldman P. Nitrate synthesis in the germfree and conventional rat. Science. 1981;212(4490): 56-58.
17. Noli C, Auxilia ST. Treatment of canine Old World visceral leishmaniasis: a systematic review. Vet. Dermatol. 2005;16(4): 213-232.
18. Moreno J, Nieto J, Chamizo C, González F, Blanco F, Barker DC, Alvar J. The imune response and PBMC subsets in canine visceral leishmaniasis before, and after chemotherapy. Vet. Immunology and Immunonopathology.1999;71: 181-195.
19. Brasil. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Nota Técninca nº 023/CPV/DFIP/DAS/MAPA, Brasília, 2008.

Arquivos adicionais

Publicado

2020-11-24

Como Citar

1.
dos Anjos Alvarenga Amante JF, Ribeiro Santos A, Mello Santos B, Bott Mantovan K, Fernandes Joaquim S, Soares Latosinski G, Menozzi BD, Hataka A, Baldini Lucheis S, Venturini J, Langoni H. MARBOFLOXACINA INDUZ ATIVIDADE LEISHMANICIDA E MENOS RESPOSTA INFLAMATÓRIA EM MACRÓFAGOS INFECTADOS POR Leishmania chagasi. RVZ [Internet]. 24º de novembro de 2020 [citado 19º de abril de 2024];27:1-11. Disponível em: https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/510

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >>