DESENVOLVIMENTO DE EMBRIÕES BOVINOS APÓS MATURAÇÃO in vitro DE OÓCITOS EM MEIO DE CULTIVO SUPLEMENTADO COM TAURINA OU GLICINA
Palavras-chave:
oócitos, maturação in vitro, taurina, glicina, bovinoResumo
Este estudo foi conduzido para investigar os efeitos da suplementação de taurina e glicina ao meio de maturação in vitro (MIV) de oócitos bovinos, avaliando-se o subseqüente desenvolvimento embrionário. Folículos foram aspirados e oócitos com 3 a 4 camadas de células do cumulus e citoplasma homogêneo foram lavados em TCM 199, acrescido de bicarbonato de sódio, piruvato de sódio, penicilina, PVA e HEPES. Grupos de 15 a 25 oócitos foram maturados em TCM 199, suplementado com FSH, LH e SFB, na presença de taurina ou glicina, de acordo com o delineamento experimental. No experimento 1, a taurina foi adicionada nas concentrações de 0 mM, 1 mM, 10 mM e 100 mM. A glicina (experimento 2) foi utilizada nas concentrações de 0,67 mM, 10 mM e 100 mM. O meio TALP foi utilizado para o gradiente de Percoll e fertilização in vitro; após co-incubação por 20 horas, as células do cumulus foram removidas, e os prováveis zigotos transferidos para o meio SOF-m. Oócitos e embriões foram incubados a 39oC, sob atmosfera úmida a 5% de CO2. Às 72 e 120 horas pós-inseminação (h pi), meio SOF-m foi adicionado às gotas. Os oócitos que clivaram e atingiram os estágios de mórula/blastocisto (Mo/Bl), blastocisto/blastocisto expandido (Bl/Bx) e blastocisto expandido/blastocisto eclodido (Bx/Be) foram registrados às 72, 144, 168 e 192 h pi, respectivamente. Os resultados foram analisados através de ANOVA e test-t de Bonferroni, com P<0,05. Não houve diferença significativa entre os grupos (experimento 1) para as porcentagens de fertilização, Mo/Bl, Bl/Bx e Bx/Be, com valores variando de 88,9 a 93,0%, 42,8 a 51,4%, 33,6 a 41,7% e 23,2 a 30,6%, respectivamente. No experimento 2, nenhuma diferença foi observada entre os grupos com relação à fertilização (90,3 a 97,0%). Entretanto, mais (P<0,05) Mo/Bl e Bl/Bx foram produzidos com glicina nas concentrações de 0,67 (49,3 e 33,3%, respectivamente) e 10 mM (54,5 e 44,7%) do que 100 mM (25,4 e 19,2%), enquanto que maiores porcentagens (P>0,05) de Bx/Be foram observados no grupo 10 mM (36,7%) do que no 100 mM (16,2%), com resultados similares quando comparado ao grupo controle (29,9%). Considerando-se as condições experimentais adotadas, concluiu-se que a adição de taurina ou glicina ao meio de MIV de oócitos bovinos não influenciou beneficamente o desenvolvimento embrionário, como evidenciado pelas porcentagens similares de produção de embriões.
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