VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA PARA TOXOPLASMOSE E DOENÇA DE CHAGAS EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS (PVHA)

Autores

  • Flavio Gonçalves Brito Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" – UNESP, Faculdade de Medicina de Botucatu - FMB, Botucatu, SP
  • Alexandre Naime Barbosa Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" – UNESP, Faculdade de Medicina de Botucatu -FMB, Botucatu, SP https://orcid.org/0000-0002-2187-4722
  • Rodrigo Costa da Silva Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE, Presidente Prudente, SP https://orcid.org/0000-0001-9319-7516
  • Gismelli Cristiane Angeluci Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - FMVZ, Botucatu, SP https://orcid.org/0000-0001-6540-6050
  • Mariana Zancheta e Gava Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - FMVZ, Botucatu, SP
  • Benedito Donizete Menozzi Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - FMVZ, Botucatu, SP
  • Helio Langoni Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - FMVZ, Botucatu, SP https://orcid.org/0000-0001-5127-0762

DOI:

https://doi.org/10.35172/rvz.2023.v30.1558

Palavras-chave:

pacientes imunossuprimidos, antropozoonoses, anticorpos, fatores de risco

Resumo

O interesse pelo estudo das zoonoses, enfermidades comuns aos humanos e aos animais e relacionados à saúde única, aumentou acentuadamente nos últimos anos, exigindo maior integração, conhecimento e relacionamento entre profissionais da área da saúde. A toxoplasmose e a doença de Chagas (DC) têm elevada importância para a saúde pública, especialmente para as pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA), pois a imunossupressão pode agravar a doença. O estudo teve como objetivo determinar a prevalência destas zoonoses em PVHA atendidos no Serviço de Ambulatório Especializado de Infectologia “Domingos Alves Meira” (SAEI-DAM), da Faculdade de Medicina de Botucatu, Unesp, e sua associação com fatores de risco relacionados a ambos. Pesquisou-se anticorpos para Toxoplasma gondii e Trypanosoma cruzi em 236 amostras de soro de PVHA, 154 (65%) resultaram positivas para T. gondii e 4 (1,69%) para T. cruzi. Vinte e um pacientes (8,89%) apresentaram neurotoxoplasmose e seis (2,54%) toxoplasmose ocular. A elevada soroprevalência para toxoplasmose pode ser por consequência da estreita interação com os animais de estimação, principalmente gatos, entre outros fatores, concluindo que o risco de toxoplasmose clínica é alto na população estudada pela possibilidade da reativação em pacientes imunocomprometidos, agravado pela desinformação sobre as formas de infecção e uso irregular da TARV constatada na pesquisa. Diante dos resultados, acredita-se que o acesso à informação, especialmente naqueles procedentes da zona rural, seja uma medida de grande efetividade na prevenção da exposição à toxoplasmose, já que a maior soropositividade esteve associada aos indivíduos com menor escolaridade e a hábitos alimentares associados à procedência dos produtos de origem animal (carne e leite) e ingestão de água de torneira. Campanhas educativas que promovam o desenvolvimento de atitudes e estilo de vida podem proporcionar redução na morbimortalidade nesta população de risco.

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2023-12-13

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Gonçalves Brito F, Naime Barbosa A, Costa da Silva R, Angeluci GC, Zancheta e Gava M, Menozzi BD, Langoni H. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA PARA TOXOPLASMOSE E DOENÇA DE CHAGAS EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS (PVHA). RVZ [Internet]. 13º de dezembro de 2023 [citado 22º de dezembro de 2024];30:1-23. Disponível em: https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/1558

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