Ferramentas utilizadas para avaliar o estado nutricional em cães

Autores

  • Jéssica Costa Ribeiro
  • Mariana Zimmermann

DOI:

https://doi.org/10.35172/rvz.2017.v24.245

Palavras-chave:

peso, índice de massa corporal canina, escore de condição corporal canina, morfometria

Resumo

Atualmente o estado nutricional, têm se tornado de grande importância na avaliação clínica do
animal, considerado como o quinto parâmetro vital. É possível estabelecer se o cão está magro,
no peso ideal ou obeso, sendo que tanto a obesidade como a magreza, podem provocar sérias
influências sobre várias funções orgânicas, limitando a longevidade do animal. Dentre os
diversos problemas relacionados à má nutrição, a obesidade é um dos mais frequentes e
importantes. Serão abordadas quatro ferramentas utilizadas para fazer o diagnóstico nutricional
do cão: peso, método muito utilizado, porém impreciso devido à ausência de tabelas para todas
as raças; o índice de massa corporal canino, pouco utilizado na medicina veterinária, a
morfometria que é bem utilizada em humanos, porém inexpressiva em cães, que determina a
quantidade de gordura corporal e o escore de condição corporal canino, um método muito
subjetivo, podendo ter mais de uma interpretação pelos avaliadores. Participaram da pesquisa
38 cães sem seleção de raça, com idade superior a quatro meses e inferior a treze anos, sem
determinação de sexo, no período de março de 2016, em um parque de Águas Claras- Distrito
Federal. Para coleta de dados foi utilizada uma ficha previamente estruturada e adaptada com
as quatro ferramentas utilizadas para diagnóstico nutricional de cães, sugeridas nesse estudo.
Os resultados apontaram que o peso e o escore de condição corporal não demonstraram tanta
eficiência, sugere-se que o índice de massa corporal canino associado à morfometria sejam as
ferramentas mais utilizadas para o diagnóstico nutricional em cães.

Referências

1. Guimarães ALN, Tudury EA. Etiologias, consequências e tratamentos de obesidades em
cães e gatos- revisão. Vet Not. 2006;12(1):29-41.
2. Lazzarotto JJ. Relação entre aspectos nutricionais e obesidade em pequenos animais. Rev
Univ Alfenas. 1999;5:33-5.
3. Nutritional assessment guidelines. JSAP. 2011;1(1):3-12.
4. Laflamme DP. Development and validation of a body condition score system for dogs: a
clinical tool. Canine Pract. 1997;22(3):1015.
5. Shimizu RK, Rabelo RC. In: Fundamentos de terapia intensive veterinária em pequenos
animais: condutas no paciente critic. 1a ed. Rio de Janeiro: LF livros de veterinária LTDA;
2005. p.403-47.
6. Nelson RW, Couto CG. Medicina interna de pequenos animais. 4a ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2010. p.853-54.
7. Carciofi AC. Obesidade e suas consequências metabólicas e inflamatórias em cães e gatos.
Jaboticabal: Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista;
2006. p.7-12.
8. Nelson RW, Couto CG. Medicina interna de pequenos animais. 3a ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2006. p.787-54.
9. Marchi PN, Guimarães-Okamoto PTC, Melchert A, Ribeiro JFA, Santos THY, Machado
LHA. Síndrome metabólica: relação entre obesidade, resistência insulínica e hipertensão
arterial sistêmica nos pequenos animais. Vet Zootec. 2016;23(2):184-91.
10. Muller DCM. Adaptação do índice de massa corporal humano para cães (dissertação).
Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria; 2008.
11. Elliot DA. Techniques to asses body composition in dogs and cats. Walthan Focus.
2006;16(1):16-20.
12. Anjos LA. Índice de massa corporal (massa corporal, estatura-2) como indicador do estado
nutricional de adultos. Rev Saúde Pública. 1991;26(6):431-6.
13. Barbosa AR, Santaren JM, Filho WJ, Meireles ES, Marucci MFN. Comparação da gordura
corporal de mulheres idosas segundo antropometria, bioimpedância e DEXA. Arch
Latinoam Nutr. 2001;51(1):49.
14. Petroski EL. Desenvolvimento e validação de equações generalizadas para a estimativa da
densidade corporal em adultos (tese). Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria;
1995.
15. Burkholder WJ, Toll PW. Controle da obesidade. In: Hand MS, Tatcher CD, Remillard R
I, Roudebusch P. Small animal clinical nutrition. 4a ed. Topeka: Mark Morris Institute;
1997. p.1-44.
16. Rodrigues LF. Métodos de avaliação da condição corporal em cães (seminário). Goiânia:
Universidade Federal de Goiás; 2011.
17. Biourges V. Obesidade. Royal Canin; 1997. (Informativo técnico e científico, Centro de
pesquisa e desenvolvimento da Royal Canin).
18. Case LP, Carey DP, Hirakawa DA. Nutrição canina e felina: manual para profissionais. 7a
ed. Barcelona: Harcourt Brace; 1998. p.424-19.
19. Mcardle WD. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desenvolvimento humano. 5a
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2003.
20. Mondini L, Monteiro CA. Relevância epidemiológica da desnutrição e da obesidade em
distintas classes sociais: métodos de estudo e aplicação à população brasileira. Rev Bras
Epidemiol. 1998;1(1):28-39.
21. Borges NC. Avaliação da composição corporal e desenvolvimento de equações para a
estimativa de massa gorda e massa magra em felinos (felis catus - linnaeus, 1775) adultos.
(tese). Jaboticabal: Faculdade de Ciência Agrária e Veterinária, Universidade Estadual
Paulista; 2006.
22. Carcioffi AC, Gonçalves KNV, Vasconcellos RS, Bazolli RS, Brunetto MA, Prada AF. A
weight loss protocol and owners participation in the treatment of canine obesity. Cienc
Rural. 35(6):1331-8.

Downloads

Publicado

2017-12-04

Como Citar

1.
Costa Ribeiro J, Zimmermann M. Ferramentas utilizadas para avaliar o estado nutricional em cães. RVZ [Internet]. 4º de dezembro de 2017 [citado 13º de outubro de 2024];24(4):734-45. Disponível em: https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/245

Edição

Seção

Artigos Originais