CONTRIBUIÇÃO DA ULTRASSONOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO DA PLATINOSOMOSE FELINA
DOI:
https://doi.org/10.35172/rvz.2022.v29.753Palavras-chave:
Palavras chave: Platinosomose, hepática, parasitária, ultrassonografia.Resumo
RESUMO
A platinosomose é uma importante enfermidade hepatobiliar parasitária que acomete felinos, sendo eles de vida livre ou semi domiciliados. O agente etiológico é o trematódeo Platynosomum spp. E a doença é popularmente conhecida como “envenenamento por lagartixa”. As manifestações clínicas da platinosomose são inespecíficas assim como é incomum a observação de lesões hepáticas, o que dificulta o diagnóstico. Felinos possuem o hábito de caça e ao ingerir esses pequenos invertebrados, podem dar continuidade ao ciclo da platinosomose, uma vez que esses animais são os hospedeiros definitivos deste parasito. Esse trematódeo se aloja com frequência no trato biliar dos gatos, causando lesões e possível obstrução do ducto biliar. O grau de comprometimento das lesões hepáticas está na dependência tanto da imunidade, quanto da carga parasitária do animal. O diagnóstico de eleição é o exame parasitológico de fezes, embora ainda seja considerado pouco sensível, sendo relevante a utilização de outras ferramentas diagnósticas. O exame ultrassonográfico permite a observação de alterações hepáticas e até mesmo do próprio parasito no interior do ducto biliar, contribuindo para elucidação dessa enfermidade. Foi atendido no Hospital Veterinário “Luiz Quintiliano de Oliveira”, um felino com histórico de icterícia, e ao exame clínico observou-se escore corporal magro e desidratação em 8%. Após avaliação clínica do animal, o mesmo foi encaminhado para o setor de Diagnóstico por Imagem para avaliação ultrassonográfica abdominal, durante o exame visibilizou-se aumento das dimensões hepáticas, edema de parede em vesícula biliar e a presença pequena de estrutura filiforme, hiperecogênica, em seu interior.
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