SÍNDROME HIPEREOSINOFÍLICA IDIOPÁTICA EM CÃO: UMA INSÓLITA DESCRIÇÃO NO NORDESTE DO BRASIL

Autores/as

  • Luã Barbalho de Macêdo
  • Muriel Magda Lustosa Pimentel
  • Ilanna Vanessa Pristo de Medeiros Oliveira
  • Lidiane Mickaelle Soares de Oliveira
  • Kilder Dantas Filgueira

Palabras clave:

Eosinofilia idiopática, Canis familiaris, nordeste brasileiro

Resumen

A síndrome hiperosinofílica idiopática (SHI) é uma mieloproliferação rara em cães, com intensa presença de eosinófilos circulantes e em órgãos. Há poucos relatos da SHI canina, e sem registro da doença no Nordeste do Brasil. Objetivou-se relatar a SHI em um cão do semi-árido nordestino brasileiro, ressaltando a importância no diagnóstico da síndrome para outras causas de eosinofilia. Um canino, macho, quatro anos, sem raça definida, foi encaminhado ao Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil). Possuía histórico de eosinofilia crônica (por exames hematológicos pregressos). A vermifigução estava atualizada. Solicitaram-se hemograma completo, citologia da medula óssea, sorologia para leishmaniose visceral e ensaio imunocromatográfico para detecção de Dirofilaria immitis. Ocorria eosinofilia sistêmica e acentuada quantidade de eosinófilos na medula óssea. Não houve positividade para doenças infecciosas. Instituiu-se terapia com prednisolona. Transcorridos 15 dias, a hematologia exibiu eosinófilos nos valores de referência, assim como a contagem de eosinófilos intramedular. Após 112 dias do tratamento, o paciente retornou a manifestar eosinofilia sérica e no compartimento intraósseo, substituindo a prednisolona pelo deflazacort. Após 63 dias do início desse último, o cão possuía normalidade nos índices de eosinófilos circulantes e no padrão celular medular. Devido aos achados laboratoriais, resposta ao tratamento e exclusão de outras causas de eosinofilia, definiu-se o diagnóstico de SHI. Deve-se incluir a síndrome na distinção da eosinofilia crônica canina, principalmente no semi-árido nordestino, onde geralmente associa-se a alteração hematológica com doenças infecciosas e/ou parasitárias.

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Publicado

2022-03-15

Cómo citar

1.
Macêdo LB de, Pimentel MML, Oliveira IVP de M, Oliveira LMS de, Filgueira KD. SÍNDROME HIPEREOSINOFÍLICA IDIOPÁTICA EM CÃO: UMA INSÓLITA DESCRIÇÃO NO NORDESTE DO BRASIL. RVZ [Internet]. 15 de marzo de 2022 [citado 23 de noviembre de 2024];23(4):618-25. Disponible en: https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/844

Número

Sección

Relato del Caso

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