CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE PROGESTERONA, CORTISOL E TIROXINA NAS DIFERENTES FASES DO CICLO ESTRAL DAS FÊMEAS EQUINAS

Resumo

Com a expansão da equinocultura nas últimas décadas, o Brasil destaca-se por estar entre os três países com maior número de animais puros de raça. O conhecimento das interações regulatórias que determinam o ciclo reprodutivo da égua torna-se de extrema importância para a otimização da produção dessa espécie. O objetivo deste trabalho foi de avaliar as concentrações séricas de cortisol, tiroxina e progesterona durante as fases do ciclo estral já que em éguas existem resultados contraditórios em relação à concentração desses hormônios nos diferentes períodos. Foram utilizados três grupos com seis éguas cada, selecionadas de acordo com a fase do ciclo estral por exame ultrassonográfico transretal. O grupo 1 corresponde às éguas em anestro; o grupo 2 em diestro com presença de corpo lúteo; o grupo 3 em estro apresentando folículo maior ou igual a 25mm. As colheitas de sangue foi durante o período da tarde (as 15 horas), durante 5 dias consecutivos para a dosagem de cortisol, progesterona e Tiroxina total séricos. A técnica utilizada para análise hormonal foi por radioimunoensaio com Kits comerciais Coat-A-Count (DPC- Diagnostic Products Corporation). Dentre os resultados obtidos encontramos uma relação inversa entre a progesterona e a tiroxina no diestro, o cortisol apresentou seus maiores valores no estro, mas não impediu a ovulação, sugerindo que o momento do estro é estressante para o animal, mas de uma forma branda não interferindo na normalidade do ciclo estral.