COMPARAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DO SOLO URBANO DE ÁREA ENDÊMICA E NÃO ENDÊMICA PARA A LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA (LVA)

Autores

  • Cassiano Victória FMVZ - UNESP - Botucatu
  • José Rafael Modolo Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP - Botucatu
  • Denise Theodoro Da Silva
  • Selene Daniela Babboni
  • Carlos Roberto Padovani Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Instituto de Biociências de Botucatu

DOI:

https://doi.org/10.35172/rvz.2020.v27.422

Palavras-chave:

LVA, Solo, Macronutrientes, Micronutrientes, Saúde Pública Veterinária

Resumo

A LVA é uma doença endêmica em alguns estados do Brasil, especialmente em São Paulo, devido a sua rápida expansão. Ela é uma preocupação constante para as equipes de saúde uma vez que seu controle é deficiente em razão da ecologia dos flebotomíneos, que apresentam parte do seu ciclo de vida em solos com a presença de matéria orgânica em decomposição. O objetivo do presente estudo foi o de analisar a composição físico-química do solo de uma área endêmica para a doença, com a presença do e vetor e com transmissão canina e humana, e compará-la com uma área em que não existe a presença do vetor e nem a transmissão. Foram analisadas 333 amostras de solo, sendo 161 em área endêmica e 172 em área não endêmica no Laboratório de Solos da Faculdade de Ciências Agronômicas – FCA/UNESP Campus de Botucatu. Os resultados das análises mostraram que as duas áreas apresentam diferenças importantes em relação à composição do solo, o que poderia explicar a presença ou ausência do vetor em determinados municípios. A área não endêmica apresentou resultados significativamente maiores para os valores de areia total, matéria orgânica, hidrogênio + alumínio, magnésio, capacidade de troca de cátions, cobre e ferro, e quantidade significativamente menor de Argila, apresentando um pH mais ácido do que a área endêmica. Não existem trabalhos na literatura que definam com precisão quais macro ou micronutrientes presentes nos solos com matéria orgânica, teriam a função de prejudicar ou auxiliar o desenvolvimento das formas larvárias do vetor. Entretanto, a principal contribuição do presente estudo foi detectar que existem diferenças de composição do solo entre áreas endêmicas e não endêmicas, o que pode facilitar ou dificultar a multiplicação do vetor e que pode ser utilizado para uma possível modificação no solo, contribuindo assim para o controle do ciclo vetorial.

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Publicado

2020-04-17

Como Citar

1.
Victória C, Modolo JR, Da Silva DT, Babboni SD, Padovani CR. COMPARAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DO SOLO URBANO DE ÁREA ENDÊMICA E NÃO ENDÊMICA PARA A LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA (LVA). RVZ [Internet]. 17º de abril de 2020 [citado 24º de novembro de 2024];27:1-12. Disponível em: https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/422

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