MARBOFLOXACINA INDUZ ATIVIDADE LEISHMANICIDA E MENOS RESPOSTA INFLAMATÓRIA EM MACRÓFAGOS INFECTADOS POR Leishmania chagasi
DOI:
https://doi.org/10.35172/rvz.2020.v27.510Palavras-chave:
Leishmania chagasi, marbofloxacina, macrófagos infectadosResumo
A marbofloxacina tem promissora atividade leishmanicida devido à ação direta sobre as amastigotas de Leishmania chagasi. Foi desenvolvido apenas para uso em medicina veterinária, podendo ser utilizado no tratamento da Leishmaniose Visceral Canina (LVC). No presente estudo, avaliamos o efeito leishmanicida e a modulação macrofágica da marbofloxacina em macrófagos infectados com amastigotas de L. chagasi. Os macrófagos foram coletados do peritônio de camundongos BALB/c infectados com promastigotas de L. chagasi. Após internalização e transformação em formas amastigotas, as células foram tratadas com marbofloxacina nas concentrações 100, 500 e 750µg / mL por 18 horas. O efeito leishmanicida foi avaliado pelos aspectos morfológicos de amastigotas dentro de macrófagos, por ensaio de fagocitose e detecção de amastigotas e macrófagos mortos por ensaio TUNEL. A modulação dos macrófagos foi avaliada pela liberação de metabólitos citotóxicos e produção de citocinas. Os resultados mostraram que macrófagos infectados com L. chagasi tratados com a maior concentração da droga apresentaram menor quantidade de amastigotas nos macrófagos (p <0,0632) do que células infectadas não tratadas. Houve a presença pronunciada de vacúolos celulares nas células infectadas tratadas, e mais amastigotas apoptóticas em macrófagos vivos. Observou-se diminuição dos níveis de H2O2, IL-1β, IL-6 e TNF-α dependente da dose de marbofloxacina em macrófagos infectados. Os resultados indicam o efeito leishmanicida da marbofloxacina em macrófagos infectados e ações imunomoduladoras nessas células.
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