PLATINOSSOMOSE EM FELINO DOMÉSTICO NO MUNICÍPIO DE PELOTAS, RS, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.35172/rvz.2021.v28.540Palavras-chave:
felinos, colangiohepatite, trematódeo hepatobiliar, lagartixaResumo
Platynosomum spp. é um trematódeo, da familia Dicrocoeliidae, que tem como hospedeiros definitivo, os felídeos, mas também pode parasitar primatas e aves silvestres. Animais que possuem o hábito de se alimentar de répteis ou anfíbios, são mais susceptíveis. Acomete principalmente o fígado e os ductos biliares, mas pode ser eventualmente encontrado também no intestino delgado, ductos pancreáticos, pulmões e outros tecidos. A fisiopatologia inclui quadro de colangite crônica, podendo se estender e acometer o parênquima hepático e culminar com colangiohepatite, fibrose biliar, cirrose e obstrução biliar. Os sinais clínicos variam conforme a gravidade do caso e a duração da infecção. As manifestações clínicas incluem anorexia, letargia, perda de peso, hepatomegalia, distensão abdominal e vômitos, podendo ocorrer, ainda, icterícia e alteração de consistência das fezes. Os gatos adultos, não domiciliados ou domiciliados com acesso à rua que possuem hábitos de caça, são mais predispostos. O diagnóstico definitivo pode ser feito através da pesquisa parasitológica e presença de ovos em análise coproparasitológica, pela identificação de ovos na bile e mais frequentemente através de histopatologia hepática. O tratamento consiste no uso de anti-helmínticos, sendo que o mais eficaz é o praziquantel. Além disso, medidas preventivas devem ser adotadas, como evitar que os gatos tenham acesso aos hospedeiros intermediários. O presente relato, consiste no diagnóstico coproparasitológico de platinosomose em dois felinos domésticos, no município de Pelotas, RS, Brasil.
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