INFECÇÃO EXPERIMENTAL DE FRANGOS DOMÉSTICOS (Gallus gallus) COM CEPAS GENETICAMENTE DISTINTAS DE Toxoplasma gondii

Autores

  • Susiana Galli
  • Fernando César Belinato
  • Thays Mizuki Lucas
  • Rodrigo Costa da Silva
  • Helio Langoni

Palavras-chave:

toxoplasmose, Gallus gallus, infecção experimental, sorologia

Resumo

A infecção pelo Toxoplasma gondii constitui uma das zoonoses mais difundidas no mundo, sendo provavelmente o protozoário mais freqüente nas populações humana e animal, incluindo as aves. O comportamento clínico e patológico da toxoplasmose em aves não foi totalmente elucidado, assim, este estudo experimental visou verificar as diferenças dos padrões clínicos e patológicos da toxoplasmose em aves inoculadas com diferentes cepas de T. gondii. Grupos de seis frangos Cobb de 36 dias de idade foram inoculados pela via oral com 100 cistos teciduais da cepa ME49 (genótipo II), 1000 oocistos da cepa M7741 (genótipo III) ou não foram inoculados, constituindo os grupos G2, G3 e G1, respectivamente. As aves foram avaliadas diariamente quanto ao desenvolvimento de sinais clínicos, tendo a temperatura cloacal verificada diariamente na primeira semana. Foram pesadas semanalmente até os 63 dias pós-infecção (DPI), com coletas também semanais de sangue para determinação de anticorpos anti-Toxoplasma pelo método de aglutinação direta (MAD). Aos 63 dias após a infecção, sofreram eutanásia por deslocamento crânio-cervical. Os frangos G2 apresentaram alterações neurológicas no decorrer do experimento. O sinal mais freqüente da infecção pelo Toxoplasma foi a diarréia, principalmente no grupo que recebeu oocistos; no grupo que recebeu cistos teciduais houve sinais neurológicos em duas aves. O peso das aves foi crescente em todos os grupos até o fim do experimento, sem diferença significativa entre eles. O ganho de peso semanal foi da ordem de 300 a 500 gramas nas primeiras cinco semanas de observação. Anticorpos séricos em títulos crescentes foram detectados nas aves G2 e G3 a partir de 14 DPI, sendo que a partir dos 28 DPI o título médio do G3 foi significativamente maior que do G2. Nos dois grupos o pico de anticorpos se deu aos 35 DPI, com queda de titulação até os 63 DPI. Em G2, o parasito foi reisolado do pool de cérebro e coração de cada um dos seis frangos infectados, enquanto que em G3 o reisolamento se deu de quatro aves.

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Publicado

2023-04-25

Como Citar

1.
Galli S, Belinato FC, Lucas TM, Silva RC da, Langoni H. INFECÇÃO EXPERIMENTAL DE FRANGOS DOMÉSTICOS (Gallus gallus) COM CEPAS GENETICAMENTE DISTINTAS DE Toxoplasma gondii. RVZ [Internet]. 25º de abril de 2023 [citado 21º de novembro de 2024];20:142-550. Disponível em: https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/1507

Edição

Seção

Artigos Originais

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