Alterações da medula óssea e a importancia do mielograma no diagnóstico da ehrlichiose monocítica canina

Revisão

Autores

  • Marília Salgado Caxito
  • Fernanda Panseri Rodrigues
  • Isis Indaiara Gonçalves Granjeiro Taques
  • Daniel Moura de Aguiar
  • Regina Kiomi Takahira
  • Antônio Carlos Paes

DOI:

https://doi.org/10.35172/rvz.2018.v25.37

Palavras-chave:

Ehrlichia canis, mielograma, hematopoiese, células precursoras, processo imunomediado

Resumo

A Ehrlichiose Monocítica Canina (EMC) é uma doença multissistêmica e de alta incidência. Contudo, a patogenia da enfermidade ainda não está totalmente esclarecida. Infiltrações plasmocitárias e linfoplasmocitárias são observadas em grande parte dos órgãos de animais acometidos, inclusive na medula óssea. Esses infiltrados sugerem que a maioria das lesões patológicas identificadas na fase crônica pode ser consequência do processo inflamatório originado no início da infecção. Este trabalho tem por objetivo destacar a importância da avaliação medular de cães com EMC. A maior compreensão das alterações medulares na fase aguda poderia esclarecer a origem das alterações observadas na fase crônica. Mais estudos são necessários para verificar se a patogenia da EMC está relacionada apenas a processos imunomediados ou se também há agressões diretas de Ehrlichia canis às células precursoras. Elucidar os mecanismos fisiopatogênicos de E. canis poderia melhorar a terapêutica instituída como também o prognóstico de animais gravemente acometidos

Biografia do Autor

Marília Salgado Caxito

Mestranda em Medicina Veterinária, FMVZ, UNESP – Botucatu, SP

Fernanda Panseri Rodrigues

Médica Veterinária Residente do Laboratório Clínico Veterinário, Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP – Botucatu, SP.

Isis Indaiara Gonçalves Granjeiro Taques

Doutoranda em Ciências Veterinárias, FAMEVZ, Universidade Federal do Mato Grosso – Cuiabá, MT.

Daniel Moura de Aguiar

Docente, Departamento de Clínica Médica Veterinária, FAMEVZ, Universidade Federal do Mato Grosso, Cuiabá, MT.

Regina Kiomi Takahira

Docente, Departamento de Clínica Veterinária, FMVZ, UNESP – Botucatu, SP

Antônio Carlos Paes

Docente, Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública, FMVZ, UNESP – Botucatu, SP

Referências

1. Vieira RFC, Biondo AW, Guimarães AMS, Santos AP, Dutra LH, Diniz PPVP, et al. Ehrlichiosis in Brazil. Rev Bras Parasitol Vet. 2011;20(1):1-12.
2. Labarthe N, Pereira MC, Barbarini O, Mckee W, Coimbra CA, Hoskins J. Serologic prevalence of Dirofilaria immitis, Ehrlichia canis and Borrelia burgdorferi infection in Brazil. Vet Ther. 2003;4(1):67-75.
3. Aguiar CLG, Pinto DM, Pappen FG, Filho NAC, Santos TRB, Farias NAR. Parâmetros da fase de vida livre de Rhipicephalus sanguineus (Latreille, 1806) (Acari: Ixodidae): adaptado ao clima subtropical. Arq Inst Biol. 2013;80(4):375-80.
4. Waner T, Harrus S. Canine monocytic ehrlichiosis – from pathology to clinical manifestations. Isr J Vet Med. 2013;68(1):12-8.
5. Moraes LF, Takahira RK. Aplasia medular em cães. Rev Cienc Agrovet. 2010;9(1):99- 108.
6. Sainz A, Roura X, Miró G, Estrada-Peña A, Kohn B, Harrus S, et al. Guideline for veterinary practitioners on canine ehrlichiosis and anaplasmosis in Europe. Parasit Vectors. 2015;8:75.
7. Harrus S, Waner T, Aizenberg I, Foley JE, Poland AM, Bark H. Amplification of ehrlichial DNA from dogs 34 months after infection with Ehrlichia canis. J Clin Microbiol. 1998;36(1):73-6.
8. Harrus S, Waner T, Neer TM. Ehrlichia canis infection. In: Greene CE. Infectious diseases of the dog and cat. 4th ed. St. Louis: Elsevier; 2015. p.227-56.
9. Waner T. Hematopathological changes in dogs infected with Ehrlichia canis. Isr J Vet Med. 2008;63(1):1-8.
10. Moreira SM, Machado R, Passos LF. Detection of Ehrlichia canis in bone marrow aspirates of experimentally infected dogs. Cienc Rural. 2005;35(4):958-60.
11. Harvey JW. Veterinary hematology: a diagnostic guide and color atlas. St. Louis: Elsevier; 2012.
12. Rikihisa Y. Mechanisms of obligatory intracellular infection with Anaplasma phagocytophilum. Clin Microbiol Rev. 2011;24(3):469-89.
13. Harrus S, Waner T, Weiss DJ, Keysary A, Bark H. Kinetics of serum antiplatelet antibodies in experimental acute canine ehrlichiosis. Vet Immunol Immunopathol. 1996;51(1-2):13-20.

Downloads

Publicado

2018-12-04

Como Citar

1.
Caxito MS, Rodrigues FP, Taques IIGG, Aguiar DM de, Takahira RK, Paes AC. Alterações da medula óssea e a importancia do mielograma no diagnóstico da ehrlichiose monocítica canina: Revisão. RVZ [Internet]. 4º de dezembro de 2018 [citado 28º de março de 2024];25(1):61-6. Disponível em: https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/37

Edição

Seção

Artigos de Revisão

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>