AÇÃO DO DIAZEPAM® FRENTE A INFECÇÃO EXPERIMENTAL COM Leptospira interrogans SOROVAR POMONA EM HAMSTER (Mesocricetus auratus)

Autores

  • Helio Langoni
  • Víctor de Souza Monteiro Bastos
  • Vanessa Yuri de Lima
  • Aristeu Vieira da Silva
  • Rodrigo Costa da Silva

Palavras-chave:

Leptospira interrogans sorovar Pomona, hamster, isolamento, diazepam®

Resumo

Os benzodiazepínicos, entre eles o diazepam, estão entre as drogas mais prescritas dentro da classe de psicotrópicos, e há evidências de seus efeitos imunossupressores. Este estudo teve como objetivo avaliar a ação imunossupressora deste fármaco na infecção leptospírica em hamsters. Foram utilizados 4 grupos de 10 animais, a saber: G1, tratado somente com 1 mL de meio de Fletcher e sacrificado após 86 horas; G2, inoculado com 1 mL de suspensão de Leptospira interrogans sorovar Pomona em meio de Fletcher, contendo 106 micro-organismos; G3, inoculado como o G2, e tratado com 1,5 mg.Kg-1 de diazepam no momento da inoculação, e G4, inoculado como G2, e tratado antes da inoculação com a mesma dose de diazepam durante 5 dias. Para o isolamento e quantificação de leptospiras a partir dos rins, as culturas foram realizadas em meio de Fletcher, nas diluições 10-1, 10-2, 10-3 e 1:4, 1:16 e 1:64, respectivamente, em solução salina com antibiótico (SSA). Os animais do G2, G3 e G4 adoeceram e morreram em até 86 horas pós-inoculação (p.i.). Para a quantificação de leptospiras, nos animais do G2 obteve-se o seu isolamento até o 26º dia, sendo que nove animais (90%) foram positivos na diluição 1:64 e o restante na diluição 1:16. No G3 e G4 obteve-se o isolamento de leptospiras a partir do 18º dia p.i., sendo que estes resultados mantiveram-se por até 24 e 23 dias no G3 e G4, respectivamente. Quanto à recuperação das leptospiras no G2 o seu isolamento foi possível em 80% dos animais somente a partir do 26º dia p.i., enquanto que no G3 e G4 obteve-se em 40% e 20% deles, 24 e 23 dias p.i., respectivamente. Estes resultados mostram uma menor concentração de leptospiras nos grupos tratados com diazepam, bem como maior período de incubação “in vitro”. Não se notou diferença quanto ao período de incubação, entre os animais inoculados do G3 e G4. Portanto, o diazepam influenciou a resposta imune de hamsters infectados com L. interrogans sorovar Pomona, com baixa recuperação bacteriana nos rins, sugerindo outros mecanismos envolvidos na resposta imune não afetados pelo benzodiazepínico.

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Publicado

2022-09-28

Como Citar

1.
Langoni H, Bastos V de SM, Lima VY de, Vieira da Silva A, Costa da Silva R. AÇÃO DO DIAZEPAM® FRENTE A INFECÇÃO EXPERIMENTAL COM Leptospira interrogans SOROVAR POMONA EM HAMSTER (Mesocricetus auratus). RVZ [Internet]. 28º de setembro de 2022 [citado 25º de novembro de 2024];18(4):640-52. Disponível em: https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/1068

Edição

Seção

Artigos Originais

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